sexta-feira, 19 de outubro de 2007
Borboletas
Ao longe já poderia perceber a sua chegada. As borboletas amarelas marcavam o seu passo aonde quer que ele fosse e isso intensificava-se quando nós iríamos nos encontrar. Durante todo o tempo em que nos amávamos e matávamos a nossa sede de paixão, os odores daqueles insetos cor do sol, do polém impregnado em suas asas e das pétalas que habitavam as suas lembranças eram exalados a todo segundo. Até mesmo o suor do meu parceiro continha um cheiro vagamente floral, até mesmo meus olhos saltavam em violetas e girassóis. Mesmo depois de muito tempo, nunca consegui descobrir se o que acontecia vinha do amor que a ele pertencia e que tanto me adocicava, ou se eram os suspiros apaixonados que eu dava todas as manhãs desprevenidas que transformavam tudo em uma eterna primavera.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
5 comentários:
"E os jardins se borboletavam" (Manuel De Barros)
suas borboletas nunca serão bregas, minha flor!
;D
Nossa, tem certeza que você só tem 15 anos?!?!?!! Escreve coisas tão belas!
Quisera eu viver uma eterna primavera!
Beijos
como sempre ressaltando os detalhes lindos que vc escreve,
:]
AGORA que entendi o poder das borboletas amarelas..
só cem anos de solidão podem fazer alguem entender...
Postar um comentário