Está na hora do grande encontro. O vento se encarrega de carregar todas as partículas de água ao encontro da superfície lisa e transparente da janela do carro que vem se aproximando do temporal. Entrelaçados por um breve momento, a água e o vidro descobrem coincidências entre si e resolvem se amar. A música silencia uma troca entre as duas partes, entre tantos átomos ali encontrados, entre tanta poesia feita em segundos, a natureza e o homem festejam de uma vez só.
A chuva cumpre seu curso deslizando pelo espaço da janela, aproveitando cada segundo daquela troca universal, que vai acontecer somente uma vez naquele tempo, naquele espaço, entre aquele vidro e aquela gotícula de água, que desde muito tempo estavam marcados para se fundir e desenharem, da sua forma, a sua breve história de amor.
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
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5 comentários:
Isadora,como sempre você me deixa sem palavras.
"A gotinha e o vidro", isso ainda vai virar fábula...
Encontrei teu blog através do blog As Coisas, onde você deixou um comentário.
Voltarei mais vezes.
Voc� como sempre, faz as coisas tomarem suas devidas propor�es.
O que mais me encanta em seus textos, � que em todos, voc� faz uma inter-textualidade consigo mesma, expondo todas as suas reminisc�ncias.
� f�cil destinguir suas ora�es das de qualquer outra pessoa.
beijo minha nega
coment�rio agora, s� m�s que v�m
Por uma falsa coincidência me encontrei aqui,
te encontrei também,
e textos que jurava já ter sonhado.
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